O processo de anamnese odontológica está no topo da lista de procedimentos importantes para um tratamento odontológico eficaz e sem complicações.
Por meio das informações contidas no documento, é possível entender todo o histórico do paciente.
Bem como, as questões de saúde que podem impactar o tratamento e o diagnóstico dos problemas que levaram o paciente a procurar o dentista.
Sendo o primeiro contato entre o dentista e o paciente, a anamnese é um momento em que o profissional deve estar com suas atenções voltadas totalmente para a pessoa que está atendendo.
Dessa forma, extrair todas as informações como alergias ou problemas de saúde que ela possa ter.
Muitas vezes, alguns profissionais dão pouca importância a essa etapa.
Mas entender todos os aspectos relevantes para que o tratamento ocorra sem intercorrências médicas evita muitas complicações para ambas as partes.
Quer entender tudo sobre a anamnese, sua importância e como fazê-la? Continue lendo esse artigo completo que preparamos para você. Boa leitura!
O que é anamnese?
A anamnese é um documento que o paciente preenche com todos os seus dados pessoais, suas informações de saúde, o motivo que o levou a procurar o dentista e outros detalhes, como uso de medicamentos.
É um momento importante de ouvir o paciente, entender a sua queixa e conhecê-lo a fim de identificar, a partir das suas próprias informações, qualquer característica que possa influenciar o tratamento.
Esses dados serão de grande relevância para a decisão de todos os detalhes do tratamento que será iniciado.
Portanto, é importante que o profissional vá além, buscando informações que podem ser de grande valia para o planejamento do tratamento e a eficácia nos resultados.
Qual a importância da anamnese na consulta?
Para entender a importância da anamnese basta dizer que a qualidade do atendimento e, principalmente, do tratamento a ser realizado depende em grande parte desse processo.
Conhecer a vida do paciente, seus hábitos, problemas de saúde e entender exatamente a sua queixa são fundamentais para que o tratamento transcorra da melhor forma.
Indo mais além, a anamnese evita situações emergenciais de saúde e é de grande serventia para possíveis casos futuros de processos judiciais contra o profissional.
Como preparar a anamnese odontológica?
A anamnese é, sobretudo, um momento de escuta. Como falado anteriormente, é o momento em que o dentista se volta totalmente para conhecer a fundo o seu paciente e poder ter as informações necessárias para zelar pela sua saúde, como está previsto no Código de Ética Odontológico.
Alguns pontos são fundamentais e não devem ficar de fora do seu documento. Iremos trazê-los como sugestão e uma dica importante é não ficar preso a roteiros pré-definidos. Caso sinta a necessidade, o dentista ou cirurgião-dentista deve acrescentar mais perguntas.
Abra-se ao diálogo, uma das melhores formas de conseguir que o cliente esteja relaxado e consiga passar todas as informações com assertividade é através de uma conversa e explicações sobre a importância das informações que ele está prestando.
Além disso, lembre-se: o corpo fala! Então, fique atento à forma de se expressar do cliente e dos trejeitos que podem indicar ansiedade, timidez ou tensão. Vamos aos itens que escolhemos para tratar nesse artigo.
Histórico odontológico do seu paciente
Quando o paciente tem o hábito de ir ao dentista regularmente, é mais fácil obter essas informações. No entanto, nem todas as pessoas têm esse hábito, deixando a visita ao dentista para os momentos de queixa.
O histórico, no entanto, é muito importante. Procure saber se a pessoa já fez algum tratamento odontológico, há quanto tempo, se o resultado foi satisfatório.
Também é importante saber se ela sente dores nos dentes ou nas gengivas ou qualquer outra coisa que ela julgue relevante sobre a sua saúde bucal.
Hábitos de higiene oral
Independente de os hábitos serem adequados ou não, saber sobre eles é fundamental. Neste quesito, é importante saber se o paciente tem o hábito de escovar os dentes, com que frequência, se usa o fio dental ou se faz consultas regulares com o dentista.
Aqui, o profissional deve mostrar ao paciente a importância dele ser extremamente sincero nas suas respostas e caso haja algum hábito que ele ainda não adote, converse a respeito.
Histórico de saúde da família
A saúde do paciente é igualmente relevante para o desenvolvimento do tratamento. Portanto, além dos detalhes referentes à sua saúde, é importante entender toda a saúde familiar, já que alguns problemas têm causas na hereditariedade.
Problemas como câncer, depressão, tabagismo, etilismo, diabetes, hipertensão, problemas renais ou patologias crônicas (apenas para citar alguns) podem ter origem familiar e conhecer essa informação ajuda na definição do tratamento e nos cuidados que o dentista ou cirurgião-dentista deve ter com cada caso.
Um outro ponto são cirurgias e internamentos pelos quais o paciente possa ter passado e os motivos.
Procure deixar a pessoa à vontade para relatar todas as questões importantes de que ela se recorda e, além disso, é interessante também entender aspectos emocionais.
Portanto, procure entender se há questões como transtornos de ansiedade ou depressão.
Aferir pressão arterial e glicemia
Mesmo que o paciente diga que está tudo bem e que não apresenta sintomas de pressão alta e diabetes, é importante que o dentista faça as aferições.
Muitas vezes, a pessoa ainda não foi diagnosticada e, como essas doenças podem ser assintomáticas ou silenciosas, ela acha que não tem, por isso, certifique-se. Isso pode evitar problemas graves no futuro.
Vícios e atividades dos pacientes
Esse é um ponto delicado, que exige franqueza de ambas as partes. São informações de alta relevância, então o paciente deve ficar à vontade para responder.
Por isso, é importante que a conversa seja livre de julgamentos para a pessoa ter confiança em dar detalhes sobre esses hábitos.
Uso de drogas, tabagismo, etilismo, vícios em certos tipos de alimento, como açúcar e refrigerantes, todas essas informações devem constar na anamnese.
Assim como, hábitos e atividades que a pessoa pratica e julgue relevante contar para o dentista.
Essas informações são importantes tanto para o diagnóstico, quanto para o tratamento.
Qual a queixa atual?
O problema que o paciente relatar precisa estar registrado, de preferência, com os termos usados por ele.
A queixa é o motivo dele ter procurado o consultório, o incômodo causado por um problema que ele busca ajuda para identificar.
Como falado anteriormente, é importante saber há quanto tempo o paciente traz esse incômodo para ajudar no diagnóstico.
Identificação do Paciente
Aqui são relacionadas perguntas básicas, dados pessoais do cliente. Estas informações servem para entender melhor quem é o paciente e é importante que sejam anotadas as respostas com o máximo de precisão.
Nome, idade, gênero, estado civil, endereço, profissão e etnia são alguns desses dados, mas o consultório pode escolher outras perguntas que fizerem sentido para o caso em questão.
Assinatura do Paciente
A assinatura é a confirmação da veracidade de todas as informações ali prestadas. Servindo para o consultório como comprovação dos dados em caso de questões judiciais.
A ficha de anamnese tem que conter um campo obrigatório para que o paciente assine.
Mesmo que seja feita durante a consulta ou de forma digital, é preciso que o paciente assine esse documento.
Muitos aspectos compõem a anamnese dos pacientes de consultórios odontológicos.
E, conforme pudemos ver ao longo do texto, este é um documento essencial para o paciente, a clínica e o dentista ou cirurgião-dentista.
Mesmo sendo muitos aspectos a serem considerados, é imprescindível que todas essas informações sejam registradas de forma detalhista.
Já que o sucesso do tratamento depende em grande parte das informações prestadas neste atendimento inicial.
Esperamos que esse artigo tenha ajudado a descomplicar a anamnese para você. Compartilhe com outras pessoas!
*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.