É fato que o paciente que chega a um consultório odontológico trazendo uma queixa quer a melhor resolução possível para o seu problema. Principalmente quando o assunto é diretamente ligado a questões funcionais e estéticas do sorriso.
Pensando em ajudar o profissional sobre um tipo de material que poderá auxiliar bastante na hora de fixar próteses, coroas e outros objetos mais, trouxemos um artigo informativo sobre o cimento resinoso.
Um material que se encaixa perfeitamente em diversos procedimentos diferentes, podendo mudar a forma como o dentista trabalha.
Portanto, leia com atenção e esteja por dentro de mais essa prática.
O Que É Cimento Resinoso Odontológico?
Em suma, o cimento resinoso é um material derivado da resina composta, que é utilizado para fixação em procedimentos odontológicos que dependam de uma união estável e durável para serem considerados corretos.
Dessa forma, o cimento resinoso é um material responsável por gerar um selamento entre dois elementos, formando uma película fina, uniforme e sem bolhas.
Dentre as características atribuídas a procedimentos que utilizam o cimento resinoso como ferramenta, podemos ressaltar os seguintes itens:
- Ótima adesão a estruturas de metal;
- Pouco visível, proporcionando um resultado altamente estético;
- Proporcionar uma cimentação de qualidade. Ou seja, permite que as restaurações indiretas ou próteses dentárias se mantenham fixas aos elementos da arcada;
- Confere resistência ao remanescente dental;
- Favorece a retenção de núcleos metálicos fundidos, pinos pré-fabricados e traz um desempenho de aderência a esses materiais;
- Impede infiltrações, dando um resultado mais previsível e durável aos tratamentos que o utilizam;
- Fácil manipulação;
- Alto custo. Justamente por fornecer tantos benefícios, é comum que os tratamentos que utilizam o cimento resinoso tenham um custo maior que os demais.
Tipos De Cimento Resinoso
O cimento resinoso é um material utilizado em diversos procedimentos e materiais. No entanto, para ter o melhor aproveitamento possível e ter um uso eficiente, é indicado que o profissional conheça suas as variações e suas peculiaridades.
Logo abaixo, trouxemos os três tipos e principais características, confira:
1- Cimento Ativado Quimicamente
Conforme o nome já dá a entender, esse tipo de cimento resinoso tem sua ativação através de reações químicas acontecidas entre a mistura da pasta base e da pasta catalisadora.
Ou seja, antes da efetiva utilização o dentista mistura as pastas a fim de formar uma substância homogênea, que tem uma secagem em poucos minutos e traz um resultado vantajoso para peças com espessura maior do que 3 milímetros.
Então, o cimento ativado quimicamente, ou autopolimerizavel, é um tipo de material que é aplicado principalmente em cimentações metalocerâmicas, restaurações metálicas-fundidas e peças indiretas.
Porém, ressalta-se que é um material com menos opções de cor e incompatível com sistemas adesivos simplificados.
2- Cimento Fotopolimerizáveis
Diferente da opção anterior, nesta modalidade a polimerização do cimento é feita através da exposição à luz. Sendo assim, o dentista utiliza de uma ferramenta chamada lâmpada de cura para ativação da substância.
Destaca-se ainda que, neste caso, a lâmpada de secagem, não é uma comum, ela possui uma cor azul e comprimento de onda específico para o processo (200 a 450 nm).
E conforme se altera o meio de ativação, também alteram-se as indicações de uso.
Dessa forma, o cimento fotopolimerizável é indicado para procedimentos que demandem uma secagem mais alta e possuam estruturas com até 1 milímetro.
O que é justificado no fato de que estruturas com espessuras mais grossas podem não receber a luz adequada para a secagem, inviabilizando o procedimento.
Portanto, é um tipo cimento indicado para cirurgias mais elaboradas e demoradas, que demandem de um resultado com maior efeito estético e funcional, tal como ocorre nas facetas de porcelana e nas restaurações indiretas.
3- Cimento Dual
Aliando ambos os processos supracitados, o cimento dual, tem o processo de polimetrização tanto por meio químico quanto pela exposição luminosa. Ou seja, é necessário que haja uma dupla ativação para a completa cimentação da substância.
Dessa forma, tem-se um material que dá tempo de trabalho razoável e que contemple peças de tamanho razoável, com espessura de até 3 milímetros.
Portanto, é um material muito utilizado em restaurações indiretas de cerâmica, compósitos inlays, onlays e coroas.
Como Aplicar O Cimento Resinoso?
Necessário dizer que além de ser classificado de acordo com a forma de ativação (tipos supracitados), o cimento resinoso também pode ser classificado de acordo com o tipo de pré-tratametno do substrato. E nesse caso, são dois tipos:
- Convencional, quando necessita preparação com ácido fosfórico a 37%;
- Adesivo, quando a aplicação ocorre em um único passo, sem precisar de agente adesivo.
Conclui-se que de acordo com o tipo de cimento resinoso escolhido pelo dentista, mudam-se alguns detalhes da forma de aplicação.
Mas, em resumo, primeiro é feito a preparação do remanescente dentário e da coroa.
Posteriormente, são realizadas a seleção, a prova e o corte do pino. Por último é realizada a limpeza do ambiente e a aplicação do cimento.
Quais As Principais Características Dos Cimentos Resinosos?
Para melhor orientação, também é importante que o profissional conheça os detalhes físicos dos cimentos resinosos. Portanto, decidimos lista-los logo abaixo, confira:
- Encolhimento. A depender do preenchimento utilizado, é possível que os cimentos encolham entre 6% (fluidas) e 13% (adesivas);
- Propriedade física. Estas podem ser influenciadas pelo tipo de mistura, a temperatura, o preenchimento e até por possível contaminação externa;
- Fluidez. Ou seja, de acordo com a temperatura será possível ver uma redução ou aumento de atrito entre coroa e remanescente dentário;
Compatibilidade do Cimento Resinoso com o Paciente
Conforme pode ser observado no decorrer do artigo, o cimento resinoso pode sofrer mudanças de acordo com o procedimento adotado e o paciente que recebe.
Uma vez que quando a cimentação é introduzida, ela pode entrar em contato com pinos, resina, utensílios metálicos, adesivos e facetas chegando a desencadear certas reações químicas na boca do paciente.
Portanto, a famosa anamnese é parte importante para a decisão de usar ou não o cimento resinoso como material para tratamento. Nessa etapa, o dentista deve analisar o perfil, as condições bucais e até os procedimentos que o paciente possa ter realizado anteriormente.
Assim, será possível que o profissional análise possíveis incompatibilidades com qualquer estrutura pré-existente.
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*O texto acima não foi escrito por cirurgião dentista, portanto a EAP não se responsabiliza pelas informações, uma vez que não possuem caráter científico.