Junho é conhecido como o mês de combate ao fumo e no início do mês foi apresentado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) um estudo comprovando que o mercado do tabaco não é lucrativo para o Brasil. Enquanto o país gasta mais de R$ 57 bilhões por ano com despesas médicas e perda de produtividade provocadas pelo tabagismo, apenas R$ 13 bilhões são arrecadados com impostos. Esse dado é de extrema importância para o país, já que ele desmistifica um dos principais argumentos da indústria do tabaco, que ela é lucrativa para o país.
Esse dado é importante para entendermos que o tabagismo ainda é muito forte no Brasil e que é trabalho de cada um conscientizar sobre os malefícios dele. Nós, como profissionais de saúde, devemos ser exemplos neste sentido, educando nossos pacientes sobre o mal que o cigarro faz, não só para a saúde bucal, mas para todo nosso corpo e convívio social.
O comparativo entre arrecadação e gastos do tabagismo no Brasil foi o principal dado apontado por esta pesquisa, que pode ser lida na íntegra aqui: “Carga de doença atribuível ao uso do tabaco no Brasil e potencial impacto do aumento de preços por meio de impostos”. Além desta pesquisa, no mesmo dias foram apresentados outros números importantes, que também devem ser avaliados. Segundo a pesquisa Vigilância sobre Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), é mais comum dentre os homens existirem fumantes (12,7%), do que dentre as mulheres (8%). A maior faixa etária de fumantes está entre os adultos de 55 a 64 anos (13,5%), a pesquisa avaliou pessoas em todas as capitais brasileiras e Distrito Federal e constatou que Curitiba tem a maior prevalência de fumantes, com 14%, seguida de Porto Alegre (13,6%) e São Paulo (13,2%).
A pesquisa Vigitel comparou dados de 2006 a 2016 e concluiu que foi reduzido em 35% a prevalência de fumantes nestes últimos 10 anos. Essa redução só foi possível a partir de campanhas de conscientização sobre o mal que o tabagismo faz e também pelo aumento na tributação do cigarro, que ocorreu em 2011.
Fonte: Inca