Em um consultório odontológico, a organização é crucial, tanto para a correta avaliação e tratamento dos clientes, quanto para a administração da documentação odontológica ou ortodôntica, seja para os dentistas ou cirurgiões dentistas.
Essa documentação é um arquivo físico ou digital de tudo o que envolve o tratamento de cada paciente.
Produzir e manter toda essa documentação organizada é um dever do consultório, mas além disso é também um cuidado com os profissionais que atuam nele, que podem precisar de informações relevantes desses prontuários para casos que envolvam questões judiciais, por exemplo.
O Código de Ética Odontológico define que é dever do dentistaou cirurgião dentista deixar essa documentação odontológica sempre organizada e atualizada, seguindo as normas que são exigidas.
Dessa forma, vamos falar aqui sobre a importância da confecção da documentação odontológica ser incluída na rotina de atendimento dos consultórios.
Saiba agora tudo sobre a documentação odontológica neste artigo completo que preparamos. Siga conosco e boa leitura!
O que é documentação odontológica?
A documentação odontológica é a reunião de informações importantes sobre um paciente e seu tratamento. É, portanto, o conjunto de exames e informações que fazem parte do prontuário do paciente e serve para todo o tratamento.
O conjunto desses documentos fornece as informações essenciais para a definição do tratamento bem como para o histórico do que foi necessário realizar com o paciente desde que ele iniciou.
Assim, a documentação odontológica é um registro que permite estudar cada caso, tomar as melhores decisões, propor o melhor tratamento, além de salvaguardar o profissional em casos de problemas na justiça ou questionamentos diretos dos clientes.
Ele contém, inclusive, declarações acordadas por ambas as partes acerca dos detalhes do tratamento.
Qual a importância da documentação odontológica?
Com certeza, a essa altura você já deve ter entendido o alto nível de importância que a documentação odontológica tem para pacientes, profissionais e consultórios.
No entanto, vale reiterar que esse registro é de grande auxílio para o trabalho dos dentistas.
Pode parecer apenas um procedimento burocrático, mas a verdade é que a composição da documentação odontológica é uma grande aliada do tratamento em si.
Por meio das informações contidas na documentação, a análise do dentista ou cirurgião torna-se mais precisa e a indicação do tratamento, mais efetiva.
Qual a finalidade da documentação ortodôntica?
A princípio, a documentação serve para avaliar a situação clínica do paciente. Avaliação e diagnósticos das condições bucais do paciente são dados importantes que estão contidos nestas informações.
Com tudo isso em mãos, o dentista ou cirurgião pode entender exatamente se há alterações prejudicando a mastigação, a deglutição e outras questões relacionadas à saúde bucal e ortodôntica do paciente.
Também é possível entender os desconfortos do paciente em relação às queixas que o levaram a procurar o especialista. Por exemplo, a desarmonia da mordida é uma das maiores reclamações e motivos de se procurar os consultórios.
Composição da documentação odontológica
Vários documentos compõem a documentação odontológica, podendo ser divididos em dois tipos: os fundamentais e os suplementares.
O primeiro se refere aos documentos essenciais, aqueles que jamais podem faltar. Nele constam as informações mais importantes sobre o paciente.
E no segundo grupo estão os documentos que são solicitados pelo dentista ou cirurgião apenas quando necessário.
São materiais de apoio que vão depender da necessidade de cada um.
Documentos Fundamentais
Na categoria dos documentos fundamentais, encontram-se:
- Identificação do paciente: aqui vão todos os dados pessoais e documentos da pessoa, normalmente através de uma ficha ou cadastro;
- Exames clínicos intraorais: avaliam mucosas, língua, palato, lábios e estruturas dentais e paradentais. Essas informações devem ser registradas cuidadosamente sobre cada dente;
- Exames clínicos extraoral: observam a presença de alterações de coloração, textura da pele, linfonodos palpáveis, entre outros;
- Exames de anamnese: fichas detalhadas sobre o paciente, contendo identificação, queixa principal, histórico de doença, registro de saúde e familiar, hábitos e até mesmo possíveis vícios;
- Plano de tratamento: um documento que necessita de assinatura de ambas as partes, contendo todos os detalhes do tratamento que seguirá, como os procedimentos que irá se realizar;
- Evolução e intercorrências: registro contínuo do que for ocorrendo no tratamento, como procedimentos realizados, materiais usados, possíveis intercorrências e como foram ou estão sendo tratadas. Também precisa ser assinado a cada nova informação acrescida;
- Identificação do dentista ou cirurgião: aqui devem ser informados nome do profissional, nome da profissão e número do cadastro no Conselho Regional de Odontologia.
Documentos Suplementares
Já os documentos suplementares variam de acordo com as necessidades do tratamento e podem ser:
- Contrato de prestação de serviços que, por lei, não é obrigatório, mas pode ser firmado, caso as partes desejem;
- Exames complementares para verificação do progresso do tratamento, como radiografias, exames laboratoriais, modelos de gesso e fotografias;
- Atestados que foram fornecidos ao paciente, como os que serão utilizados para justificar ausências no trabalho, por exemplo;
- Receitas médicas
Riscos de uma documentação incompleta
Caso o dentista ou cirurgião-dentista não tenha o hábito de produzir a documentação odontológica, ele mesmo pode ser o grande prejudicado.
Há o fato de que a documentação contribui muito para um tratamento eficaz e isso, por si só, já é uma perda grande para o profissional que negligencia esse item.
No entanto, é possível que haja problemas ainda maiores. Supondo que o tratamento transcorra de forma perfeita, mas que futuramente, o paciente resolva manifestar alguma insatisfação, como provar que o dentista procedeu de forma correta e com anuência do paciente sem a documentação organizada e assinada?
Caso a situação progrida para uma disputa judicial, por exemplo, será impossível para o dentista ou cirurgião comprovar a correção na sua atuação, dando ganho de causa para a outra parte sem nem mesmo ter a chance de contestar.
Portanto, a documentação odontológica serve também para salvaguardar o profissional, garantindo a sua segurança judicial em caso de processos.
Quem é o dono da documentação odontológica?
Por fim, aqui chegamos a um ponto de muita polêmica. Tanto o Código do Consumidor, quanto o Código de Ética Odontológica são favoráveis ao paciente nesses casos, informando que não se pode negar relatórios ou informações importantes sobre eles.
Então, a documentação odontológica é do paciente, possuindo garantia por lei.
No entanto, durante o tratamento, faz muito mais sentido que fique em posse do dentista ou cirurgião, já que todas as informações e alterações do documento serão alimentadas por ele.
De posse das informações, o dentista garante que a realização do tratamento seja da melhor forma, com todas as informações disponíveis para agilidade na consulta para possíveis resoluções. O ideal é que essas informações fiquem claras e acordadas entre as partes.
Enfim, essas informações te ajudaram a esclarecer tudo sobre a importância da documentação odontológica? Com certeza, poderão contribuir com outras pessoas também. Compartilhe!
*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.
