Você já notou sua boca estalando ao abrir e fechar ou mesmo durante a mastigação? Se a resposta for sim, cuidado! Você pode sofrer de Disfunção Temporomandibular (DTM), um problema que atinge as estruturas do sistema mastigatório, como a ATM (articulação temporomandibular), músculos da face e pescoço.
Esta condição é muito mais frequente do que você pode pensar e pode trazer grandes impactos para a qualidade de vida para aquelas pessoas que desenvolvem a disfunção.
Continue acompanhando a leitura deste artigo e saiba os sintomas, as principais causas e também tratamentos para Disfunção Temporomandibular. Confira!
O que é a Disfunção Temporomandibular?
As Disfunções Temporomandibulares (DTM) são nome genérico dado a todo um conjunto de anormalidades que acometem a articulação temporomandibular, bem como os músculos envolvidos no processo de mastigação.
A articulação temporomandibular é uma das mais complexas de todo o corpo humano, sendo responsável por funções importantes a exemplo da abertura e fechamento da boca, além da mastigação, fala e deglutição.
Os números de incidência de problemas na ATM são significativos. De acordo com estimativas da Academia Americana de Dor Orofacial, 40 a 75% da população apresenta algum sinal de Disfunção Temporomandibular.
As mulheres estão entre as pessoas que mais sofrem com a DTM, principalmente na faixa etária dos 20 aos 40 anos de idade, contudo a incidência do problema também tem aumentado entre crianças e adolescentes.
Quais sintomas mais comuns da Disfunção Temporomandibular?
Muitos são os sintomas da Disfunção Temporomandibular, além disso esses sinais podem estar presentes em outros problemas de saúde, a exemplo das infecções bucais, seja de modo isolado ou mesmo em conjunto.
Deste modo, ao notar qualquer sintoma de DTM é essencial buscar por acompanhamento de um profissional especializado para confirmação do diagnóstico.
Entre os sintomas mais comuns da DTM temos:
- Inchaço na face;
- Zumbidos no ouvido;
- Dificuldade para abrir ou fechar a mandíbula;
- Dor de cabeça frequente;
- Sensação de mandíbula travada;
- Estalos ao abrir ou fechar a boca.
Quais as principais causas da DTM?
Por muito tempo, acreditava-se que as causas da disfunção da ATM estavam relacionadas a problemas no encaixe dos dentes, perda dentária e até mesmo próteses dentárias mal adaptadas.
No entanto, segundo a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF) não existe uma causa específica para a DTM.
Atualmente, estudos científicos comprovam que a má oclusão dentária tem pouca relevância na causa das disfunções que podem atingir a articulação temporomandibular.
Fatores de riscos que podem levar a DTM?
Apesar de não ser conhecida a causa da DTM, o que torna o diagnóstico do problema ainda mais complexo e difícil, sabe-se que alguns fatores de risco podem contribuir para desencadear ou mesmo perpetuar essas disfunções.
Entre os principais fatores de risco para DTM podemos citar:
- O hábito de roer unhas;
- Mascar chicletes;
- Estresse emocional;
- Ranger ou apertar dos dentes durante o sono (bruxismo);
- Predisposição genética para dores crônicas;
- Traumatismos e impactos na ATM;
- Artrite e artrose das articulações temporomandibulares;
- Procedimentos de entubamento para cirurgias e exames de endoscopia;
- Cirurgias no dente siso;
- Desgastes naturais das articulações temporomandibulares por conta do envelhecimento.
Tipos de tratamento para Disfunção Temporomandibular
Atualmente existem disponíveis diversos tipos de tratamento para as disfunções temporomandibulares, contudo todos os procedimentos têm por objetivo promover o alívio dos sintomas do problema para o paciente, uma vez que ainda não existe uma cura para DTM.
Após a confirmação do diagnóstico de anormalidades na articulação temporomandibular, o profissional de saúde responsável pelo acompanhamento do caso pode recomendar algum dos tratamentos listados abaixo:
- Utilização de analgésicos e anti-inflamatórios para combater as dores;
- Aplicação de calor úmido para reduzir o espasmo muscular;
- Aprender técnicas de relaxamento que ajudem a controlar a ansiedade e o estresse emocional, colaborando assim para reduzir a tensão muscular na mandíbula;
- Utilizar placas de mordida feitas sob medida para minimizar os efeitos de ranger os dentes da arcada superior sobre os da arcada inferior;
- Em alguns quadros clínicos, quando há comprometimento de partes da mandíbula, pode se indicar o tratamento cirúrgico.
Vale lembrar que só um dentista devidamente qualificado pode determinar qual o tratamento mais adequado para cada caso de disfunção temporomandibular, levando em consideração a intensidade e tipo da dor.
Além disso, devido a complexidade específica de cada quadro pode ser necessário o acompanhamento multiprofissional, envolvendo cirurgiões e fisioterapeutas.
Qual especialidade cuida da Disfunção Temporomandibular?
Por fim, caso você tenha notado sintomas de disfunção temporomandibular e esteja se perguntando qual o profissional mais indicado para cuidar da DTM, saiba que de acordo com Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial a recomendação é buscar por um Cirurgião Dentista especialista em DTM e Dor Orofacial.
Essa é a especialidade odontológica que cuida deste tipo de dor, assim como de outras dores da face.
Ao buscar por acompanhamento especializado é fundamental que o paciente procure fazer um relato com detalhes sobre o caso, pontuando desde o surgimento dos primeiros sintomas e a evolução do problema, bem como histórico odontológico e médico completo.
Para que seja feita a confirmação do diagnóstico, além de aprofundada avaliação clínica, o dentista pode solicitar exames de imagens complementares, que podem incluir tomografias, ressonâncias magnéticas, assim como radiografia odontológica da mandíbula.
Enfim, se você é dentista e tem interesse de se especializar nessa área, venha conhecer a EAP Goiás!
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*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.