É fato que a qualidade de vida do ser humano é diretamente afetada por problemas ambientais. Portanto, há uma justificativa plausível por trás do aumento na procura por empresas e profissionais que se comprometam em serem mais sustentáveis. Na odontologia não é diferente das demais áreas, o consultório e o profissional que se preocupa com a sustentabilidade se destacam.
Então, buscando te conscientizar e te preparar para ser um profissional que faça a diferença, trouxemos algumas informações. Leia o artigo e confira.
Quais tipos de resíduos são gerados no consultório odontológico e como descartar?
Basicamente, podemos dividir os resíduos gerados pela odontologia em 4 tipos.
Portanto, com o intuito de trazer uma orientação mais clara sobre o conceito e o descarte de cada tipo, enumeramos os quatro abaixo, confira:
Resíduos comuns
Como o próprio nome já indica, os resíduos comuns são similares aos gerados em ambientes domiciliares.
Eles não apresentam risco biológico, químico ou radiológico e devem se descartar em lixeira de resíduo comum, mas, sempre atentando para a separação de reciclável e não reciclável.
Biológicos
Os lixos biológicos são os que possivelmente contêm a presença de agentes biológicos (sangue ou demais fluidos corporais), e que por isso, representam um risco de infeccioso.
Podemos citar algodão, gaze, fio dental, luvas, tecidos humanos e muitos outros como exemplos de resíduos biológicos.
E estes deve se descartar em lixeira própria, de material resistente, com símbolo internacional de resíduo infectante e saco de plásticos de cor diferenciada (normalmente branca ou vermelha).
Ressalta-se ainda que, alguns materiais desse grupo representam riscos maiores de contaminação.
Portanto, precisa passar um método de tratamento na sua unidade de geração antes de retirá-lo do local.
Químicos
Os chamados resíduos químicos são os que contem substâncias químicas que podem representar risco à saúde pública ou meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
A destinação final é de acordo com as características, o volume e a classificação do risco acordo do resíduo. Veja alguns exemplos:
- Cápsulas de amálgama: devem ser descartadas em recipientes de plástico rígido, tampados e sob selo d’água;
- Tubetes de anestésicos: deve descartar em bombonas de plástico rígido de 5 litros, destinadas a esse fim;
- Resíduos de resina acrílica: deve descartar em recipientes fechados de vidro ou de plástico destinados a esse fim.
Importante mencionar que quando for descartar substancias líquidas, é necessário que certifique a compatibilidade das substâncias, evitando assim, que dois líquidos incompatíveis sejam colocados em um mesmo recipiente.
Perfurocortantes
Assim como o próprio nome dá a entender, os resíduos perfurocortantes se referem aos que perfuram, cortam ou escarificam tecidos.
Esse tipo de resíduo deve ser descartado imediatamente após o uso. Observa-se ainda que, o descarte deve ocorrer em coletores rígidos e resistentes à punctura, de forma que o risco de acidente seja diminuído a níveis mínimos.
Evite o desperdício de energia
Ressalta-se que o descarte correto do lixo é uma prática muito importante para a odontologia sustentável.
No entanto, existem alguns hábitos que mesmo sendo simples, fazem toda a diferença.
Podemos enxergar no hábito de economizar energia um exemplo disso.
Veja algumas formas de evitar o desperdício de energia:
- Escolher aparelhos eletrônicos com selo de baixo consumo de energia é uma ótima forma de economizar. Como os consultórios normalmente são repletos de aparelhos desse tipo, ao optar por modelos mais econômicos há uma grande economia no gasto agregado de todos.
- O uso do ar-condicionado deve ser feito com portas e janelas fechadas, pois isso reduz o esforço energético do equipamento. Além disso, faça uma verificação do filtro do aparelho a cada 15 dias, de forma que o mesmo seja mantido limpo;
- Investir na conscientização dos colaboradores é uma ótima forma de economizar, já que muitas vezes a própria equipe não entende o impacto que os pequenos hábitos de economia causam;
- Evitar deixar os aparelhos somente em stand by. Antes de sair do seu consultório para almoçar ou no final do dia, não deixe os televisores e notebooks em stand by, sempre desligue-os
Também é importante lembrar que a ideia do consultório é durar por muitos anos. Portanto, ao fazer uma pequena economia mensal, você poderá sentir e fazer uma grande diferença com o passar do tempo.
Sensores e raio-x digital
O raio-x digital é uma tecnologia que representa um grande avanço para diagnóstico do paciente e na sustentabilidade trazida para o consultório.
Uma vez que ele não usa filmes radiográficos, mas sim, sensores que captarão os dados, e os enviarão diretamente para um computador.
Através do computador, é possível ver a imagem em alta qualidade e manipulá-la através de ferramentas de edição. Portanto a máquina traz a possibilidade de avaliação mais precisa.
E além de representar uma evolução considerável na análise de pacientes, o raio-x digital ainda é uma ferramenta que representa muito bem a sustentabilidade, pois apresenta vantagens como:
- Dispensar filmes radiográficos. Dessa forma, o raio-x digital garantirá uma economia significativa para a clínica, além da menor produção de lixo tóxico, protegendo o meio ambiente;
- Precisão em resultados. Possibilitando a realização de um diagnóstico seguro, por conseguinte, evitando que o paciente se submeta novamente a radiação, a fim de repetir o exame;
- Menor exposição à radiação. Por serem mais sensíveis, o percentual de radiação emitido é consideravelmente menor;
Iluminação no Consultório
É fato que um ambiente bem iluminado é fundamental para o bom cumprimento do trabalho dos dentistas, e isso explica o motivo pelo qual a iluminação representa uma parte considerável dos gastos do consultório.
Todavia, esses custos podem ser diminuídos através de algumas mudanças, veja:
- Substitua as lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes e de led, isso pode reduzir o consumo em até 80%;
- Faça um estudo do local e um posterior planejamento eficiente de lâmpadas. De forma que partes que demandem menos iluminação, como a recepção, por exemplo, possam fazer uso de luz natural ou de menos luzes acesas;
- Instale sensores de movimento em áreas apenas para passagem rápida, como corredores e banheiros;
- Lembre-se de orientar toda a equipe sobre a importância de apagar as luzes quando o cômodo estiver vazio;
Vale ressaltar mais uma vez que pequenos hábitos podem não fazer tanta diferença sozinhos, mas, se agrega-los ao passar do tempo e a vários outros pequenos atos construtivos, será possível notar uma grande diferença.
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*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.