18 jul 2023
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Seleção de Cor em Odontologia: Dicas para Escolha da Resina

dentista olhando cartela de dentes com cores diferentes e comparar com dente, a paciente está sorrindo

“O pecado mora nos detalhes”. Esta é uma frase famosa, cujo autor não foi identificado, mas que exemplifica bem o assunto que abordaremos logo abaixo, a seleção de cor da resina a ser utilizada em procedimentos dentais.

Acertando o detalhe da cor correta, o profissional poderá reproduzir as características ópticas e anatômicas apropriadas.

De forma que tal procedimento gere aceitação no paciente e funcione como uma propaganda do seu trabalho.

Em contrapartida, a escolha errada poderá dar a impressão de um trabalho mal feito e desarmonioso.

Justamente por ser um detalhe tão importante e crucial, trouxemos algumas dicas para ajudar o profissional na hora da escolha da cor da resina, leia com atenção e se destaque dos demais profissionais.

dentista segurando cartela para seleção das cores dos dentes e comparando com os dentes da paciente
A escolha adequada da cor da resina é essencial para alcançar resultados estéticos naturais. (Reprodução/Freepik)

Quais os critérios na seleção de cor em Odontologia?

Sabe-se que primordialmente o profissional busca um resultado mais semelhante possível com o estado natural do dente do paciente.

Dessa forma, é necessário que o dentista faça uma interação de conhecimentos relacionados à estética, aos materiais restauradores e às técnicas dominadas pelos cirurgiões-dentistas e pelos laboratórios de prótese atuais. 

Pensando no contexto já citado, pode-se observar que para atingir a satisfação do paciente e a aceitação do mesmo, existem diversos critérios a serem seguidos na hora da escolha da cor da resina.

Portanto, trouxemos os principais detalhes a serem levados em conta pelo profissional na hora da escolha da cor, veja:

Matiz de cores

De forma mais genérica, o matiz pode ser definido como a nossa percepção de cor dominante. Por exemplo, vermelho, branco entre outros.

Já no ramo odontológico, utilizamos a Revista de Iniciação Cientifica da Universidade Vale do Rio Verde como uma das fontes de pesquisa para a composição do nosso artigo. Com ela foi possível definir matiz como a cor base do dente, que deriva do corpo dentinário interno.

Em suma, o matiz ou tonalidade é determinado pelo comprimento de onda da luz refletida pelos dentes, ele pode ser dividido em quatro, são eles:

  • A, com dominante vermelho-marrom;
  • B, com dominante laranja-amarelo;
  • C, com dominante verde-cinza;
  • D, com dominante rosa-cinza.
imagem mostrando a diferença de cores da matiz a, b e c
O registro fotográfico antes e durante o tratamento ajuda a acompanhar o processo de seleção da cor. (Reprodução/Dentemania)

Croma/saturação de cor

Já o croma se refere à determinação dos diferentes graus de saturação de um matiz.

Ele varia de acordo com a porcentagem de pigmento utilizado, ou seja, quanto maior a porcentagem de pigmento em relação a matiz, maior será sua saturação.

Em outros termos, o croma pode ser definido como a “vivacidade” da cor.

Dessa forma, dentro de um matiz existem diferentes níveis de croma.

imagem mostrando a diferença de saturação da croma
A experiência do profissional e sua habilidade na seleção de cores são decisivas para o sucesso estético do tratamento. (Reprodução/Dentemania)

Valor

O valor pode ser definido como luminosidade ou brilho. Em outras palavras, é a quantidade de luz refletida pelo objeto, quanto mais fluorescente, maior o valor.

Ressalta-se que por não haver uma escala em padrão logico e por ser mais perceptível para a visão humana, essa é a dimensão mais difícil de ser representada.

imagem mostrando a diferença de matiz, croma e valor
A amostragem de cores em várias áreas do dente é importante para identificar variações tonais. (Reprodução/Dentista Concursado)

Iluminação

É fato que a percepção de cor dos olhos humanos mudam conforme a iluminação do ambiente.

Portanto, é melhor que durante a análise dos materiais o profissional esteja em um ambiente de luz equilibrada e controlada.

imagem de consultório de dentista vazio
A luz ambiente e a iluminação correta são importantes ao selecionar a cor da resina. (Reprodução/Freepik)

Textura

Ao observar a superfície de um dente natural será possível notar diversas irregularidades. Elas variam entre um dente e outro, tendo o poder de modificar a forma como a luz é refletida e refratada.

Conclui-se então que essas irregularidades podem interferir na forma como o paciente percebe a coloração dental, cabendo ao profissional prestar atenção ao grau de polimento dado a resina aplicada.

olhando com espelho dentro da boca da paciente
A consideração das características individuais do paciente é crucial para a seleção da cor ideal. (Reprodução/Freepik)

Translucidez

Conforme a luz interage com o esmalte, a dentina e a polpa do dente, é possível notar diferentes graus de translucidez e opacidade no dente natural.

E buscando sempre uma similaridade, o profissional deverá observar a localização do dente e a idade do paciente para identificação correta do grau de translucidez ideal para o caso a sua frente.

Escalas de cores utilizadas em Odontologia

Existe um sistema de cores chamado de Munsell que ordena as cores de forma perceptualmente uniforme, permitindo-se especificar uma determinada cor através de três dimensões.

Condizendo com o sistema supracitado, houve a criação de escalas com pequenos intervalos entre matiz, valor e croma.

A mais utilizada entre os dentistas é Escala Vita Lumim Vacuum, mas existem outras opções no mercado e o profissional pode escolher a que lhe convier.

Ressalta-se ainda que, de posse da escala de cor há algumas dicas que podem ser seguidas para melhor escolha, veja:

  1. Faça a escolha em luz natural;
  2. Escolha a cor antes do isolamento absoluto. Ou seja, escolha a cor antes do procedimento isolado absoluto, visto que, dentes isolados ficarão desidratados e consequentemente mais claros;
  3. Faça uma pré-seleção rápida das peças que mais se assemelham e se encaixam de forma uniforme ao sorriso do paciente;
  4. Posicione a peça na altura da boca e aproxime as bordas incisais de ambos os elementos. Dessa forma, você poderá observar a similaridade dos materiais;
  5. Aproxime as bordas laterais dos elementos para observar a coloração da face e eliminar as peças mais desiguais;
  6. Faça uma análise geral levando o croma em consideração.
dentista segurando cartela para seleção das cores dos dentes e comparando com os dentes da paciente
A análise criteriosa da cor dos dentes adjacentes é fundamental para obter uma combinação harmoniosa. (Reprodução/Freepik)

Como é feita a seleção de cor na odontologia?

Existem dois métodos para seleção da cor da resina, são eles: subjetivo e objetivo. Listamos abaixo as características de ambos os métodos.

Dessa forma, o dentista pode optar entre um e outro, ou até combinar os dois. Confira:

Método subjetivo

Conforme o nome já dá a entender, o método subjetivo tem um caráter mais particular ao cirurgião dentista.

Isso porque a seleção da cor ocorre por uma comparação visual feita pelo profissional com o auxílio das paletas de cores.

Conclui-se que é um método mais susceptível a influências externas e totalmente dependente da percepção e expertise do profissional.

Método objetivo

Diferente do anterior, no método objetivo há o auxílio de aparelhos para realizar a leitura da cor do dente natural do paciente e, através de softwares, comparar o resultado com escalas de cores preestabelecidas.

Apesar de parecer mais preciso na descrição, não há consenso sobre tal efetividade. Portanto, fica a cargo do profissional escolher o melhor método para si e seu paciente.

cartela para seleção das cores dos dentes embaixo e em cima uma imagem de mulher comparando com os dentes
O uso de guias de cores padronizadas facilita a precisão na escolha da tonalidade. (Reprodução/Shopee)

O que você achou das dicas? Compartilhe com um amigo ou amiga dentista! E se você está buscando especialização em odontologia, sempre pode contar com a EAP Goiás!

*O texto acima não foi escrito por cirurgião dentista, portanto a EAP não se responsabiliza pelas informações, uma vez que não possuem caráter científico.

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