Conheça a importância da Biossegurança na Odontologia!
Adotar a biossegurança é fundamental para a segurança e a confiabilidade de um consultório. É por meio dela que é possível garantir os direitos do paciente.
E garante os direitos do paciente como consumidor e também a segurança no ambiente de trabalho do dentista e toda a equipe.
Saiba mais sobre a importância da odontologia. Acompanhe!
O que é biossegurança na odontologia?
É um conjunto de práticas e medidas aplicadas em ambientes clínicos odontológicos, que tem como finalidade prevenir infecções e minimizar riscos para os profissionais e pacientes.
Enfim, a biossegurança está presente desde a infraestrutura da clínica até a higienização das mãos, e o ambiente não deve ter infiltrações das paredes, descarte incorreto dos materiais, a não utilização de máscaras, luvas, jaleco, entre outros equipamentos.
Porque a biossegurança é importante?
Primeiramente, segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 1 a cada 4 pacientes volta da consulta, contaminados por doenças, devido ao contato do profissional com o paciente. Entre as doença encontradas nessa situação estão:
- Catapora
- Sarampo
- Rubéola
- Pneumonia
- Herpes e zoster
- Tubérculos
- Hepatites B e C
- HIV
Esse contato se dá por meio de instrumentos contaminados, gotículas de salivas, entre outras formas, o que torna o ambiente fonte de alta contaminação.
Outro ponto importante é a questão judicial, pois consultórios odontológicos que não atendem aos requisitos estabelecidos pela Anvisa, estão sujeitos a penalizações, e pode responder a Processos quanto à Ética Profissional.
Procedimentos de biossegurança
Os dentistas ficam expostos a uma grande variedade de microrganismos veiculados pelo sangue ou saliva dos pacientes que possuem agentes de doença infecciosa, mesmo sem apresentar os sintomas, formando uma cadeia de infecção cruzada.
Por isso, para prevenir a infecção cruzada, o profissional deve empregar processos de biossegurança, veja abaixo os processos abaixo.
Uso de equipamentos de segurança (EPIs)
Os equipamentos de proteção individual ou EPI’s, são materiais para proteção dos profissionais, reduzindo a probabilidade de contato com agentes biológicos contaminantes.
Seu uso é fundamental e indispensável, veja alguns dos principais EPI’s que deve utilizar:
- Gorro descartável, e funciona como uma barreira mecânica contra os agentes contaminantes e deve ser trocada a cada turno de trabalho;
- Óculos de proteção, utilizado para a proteção dos olhos, contra secreções, aerossóis e insumos químicos durante os procedimento, limpeza e desinfecção dos equipamentos e ambientes;
- Máscaras descartáveis com duplo filtro, devem ter o tamanho ideal para a cobertura total da boca e nariz, sem irritar a pele;
- Avental de manga longa, descartável em caso de atendimento dos pacientes, ou impermeável para limpeza e desinfecção de equipamentos e ambientes;
- Luvas descartáveis, sendo utilizado em todos os procedimentos, e estéreis para procedimentos cirúrgicos.
- Calçados fechados e antiderrapantes, usados para a proteção dos pés, para a proteção contra agentes térmicos, choques elétricos, objetos cortantes, umidade, entre outros.
Higienização do ambiente e instrumentos
A higienização e esterilização do ambiente e dos instrumentos utilizados pelos profissionais, é um processo que elimina todos os microrganismos como: bactéria, fungos e protozoários.
Os instrumentos passam por um processo de lavagem, secagem, embalagem e autoclavagem. Após o processo de esterilização, são acondicionados nos armários e gavetas
O local onde realizar esse processo se chama Central de Esterilização, deve ter um fluxo unidirecional, seguindo a seguinte ordem:
- Pré-lavagem: onde os materiais são imersos em substância detergente enzimática por pelo menos 5 minutos.
- Lavagem: é uma das etapas mais importantes do processo pois remove todo o material orgânico acumulado. Se não feito de forma adequada podem esconder microrganismos responsáveis por infecção.
- Inspeção visual/secagem: para a secagem deve ser feito de forma correta e utiliza-se papel toalha de boa qualidade. A inspeção visual é realizada em seguida.
- Embalagem: essencial para garantir o sucesso do processo de esterilização.
- Esterilização: é o processo que remove ou destrói completamente os microrganismos presentes, conforme um nível de segurança aceitável.
Assepsia das mãos
A assepsia é o conjunto de medidas adotadas para impedir a contaminação.
As práticas utilizadas impedem que o microrganismo entre no organismo, e a assepsia evita a transmissão direta ou indireta.
Entre as medidas assépticas adotadas, estão:
- Lavagens das mãos e higiene pessoal
- Uso de meios assépticos para manuseio dos aparelhos
- Uso de equipamentos descartáveis como máscaras, luvas e outros equipamentos de proteção
- Limpar e esterilizar os equipamentos de forma adequada
- Descartar adequadamente os materiais contaminados
Estar com as vacinas em dia
Como os profissionais da área da saúde, eles têm um risco mais elevado de contágio de doenças infecciosas, e por isso devem ser imunizados.
Entre as imunizações mais importantes são:
- Hepatite B
- Influenza
- Tríplice Viral e Dupla tipo adulto
Dessa forma, é importante manter o calendário vacinal em dia, garantindo a segurança de todos.
Descarte correto de materiais odontológicos
Os resíduos de saúde e lixo hospitalar são fontes de contaminação e devem ser descartados de forma correta. Portanto, os consultórios devem ter:
- Lixeira com tampa acionada pelo pedal, com saco de lixo especial, de forma que evite o contato com materiais infecciosos.
- O saco deve ter o símbolo de substância infectante, com rótulos de fundo branco, desenhos e contornos pretos.
Classificação dos resíduos e o modo do descarte
Por fim, os resíduos também precisam ser classificados e separados, além de ficar armazenados em embalagens adequadas para garantir a segurança da equipe e também dos coletores. Veja como esse elemento se classifica:
- Grupo A: embalados em saco plástico branco leitoso e com símbolos que os identifique como resíduo infectante.
- Grupo B: corresponde às substâncias químicas, e devem ser acondicionados em recipientes individualizados e encaminhados para empresa licenciada para tratamento.
- Grupo C: corresponde ao material radioativo e deve ser identificado.
- Grupo D: Devem ser descartados como lixo comum e incluem papel da higienização das mãos, na recepção, copos plásticos descartáveis.
- Grupo E: Neste grupo está incluso materiais como seringas, agulhas, lâminas e entre outros materiais considerados cortantes. Por isso devem ser acondicionados em caixas de papelão bastante resistentes, contendo o mesmo símbolo do Grupo A.
Enfim, a biossegurança na odontologia é essencial para diminuir o risco de contaminação por microrganismos no consultório. E tem a função de promover a segurança da saúde de todas as pessoas envolvidas no ambiente.
Por isso, que seguir os procedimentos corretos, previne a transmissão de doenças, reduzir o risco ocupacional e infecção cruzada e ainda diminui os riscos de penalização legal e criminal.
Então, se você gostou de entender mais sobre a biossegurança na odontologia, compartilhe em suas redes sociais!
*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.