Um problema que afeta muitas pessoas e que, apesar de parecer simples, pode ter consequências graves a médio e longo prazo. Estamos falando do desgaste dentário.
Nesse quadro, os dentes ficam amarelados, começam a apresentar pontas transparentes e desenvolvem hipersensibilidade. Assim como, algumas vezes pode ocasionar alterações no formato.
Portanto, de um modo geral, o sorriso acaba perdendo o viço e os dentes, a força.
No entanto, esse não é o único problema que o desgaste pode ocasionar, já que, se não tratado, pode levar à perda dos dentes e outras complicações, a depender do grão da erosão.
Portanto, é muito importante que o dentista busque as causas do problema para que possa realizar um tratamento adequado.
Para entender tudo sobre o desgaste dentário, como sintomas, causas e tratamentos indicados, leia esse artigo até o final.
(Reprodução/Freepik)
O que é desgaste dentário?
Primeiramente, o desgaste ou erosão dentária é um processo contínuo de desgaste dos tecidos dos dentes, a começar pelo esmalte. Ao ocorrer esse desgaste, o tecido se perde, deixando exposta a dentina e deixando o dente vulnerável a problemas que podem afetar até a gengiva.
Desse modo, esse processo, apesar de relativamente lento, é irreversível, a camada perdida não se reconstitui, portanto, ao menor sinal de erosão dentária, um dentista deve iniciar o acompanhamento.
Quais os tipos de desgaste?
Os tipos de desgaste têm relação com a causa do problema e seu tratamento também é diferenciado.
Abrasão
É o tipo mais comum de desgaste, sendo causado pelo atrito entre os dentes superiores e inferiores. Embora seja normal que haja esse atrito, caso a intensidade seja muito grande, pode causar perda de tecido significativa.
Em alguns casos, a coroa do dente pode ficar completamente comprometida. Isso sem falar na estética.
Alguns outros fatores agravam o problema, como o hábito de roer unhas, morder objetos ou escovar os dentes com muita força e usando cremes dentais muito abrasivos.
Erosão
Em seguida, a erosão, que pode ser chamada de corrosão também e é gerada por reações químicas à uma alimentação rica em alimentos ácidos, ao consumo excessivo de refrigerantes ou à exposição do dente à secreções gástricas.
Algumas condições de saúde podem estar relacionadas: bulimia, anorexia, refluxo gástrico, doenças renais e síndrome de Sjögren estão entre elas.
Além disso, pacientes em tratamento com radioterapia também apresentam predisposição à erosão.
Abfração
Problemas de oclusão dos dentes, ou seja, o alinhamento anormal dos dentes superiores e inferiores são os causadores desse tipo de desgaste.
Assim, nesse caso, a pressão da arcada superior contra a inferior pode causar ruptura dos cristais do dente e a retração da gengiva, que expõe a raiz e causa muita sensibilidade no dente.
Quais sintomas do dente desgastado?
Quando uma pessoa está sofrendo com o desgaste dos dentes, o primeiro sintoma normalmente é um tipo de descoloração dos dentes, que ocorre quando a camada externa dos dentes, ao estar desgastada, expõe a dentina, deixando o sorriso amarelado.
Dessa forma, ao ser exposta, a dentina, que é mais porosa, acaba por ser mais vulnerável ao toque, ao ar, à mordida e aos ácidos, assim, a sensação de hipersensibilidade se intensifica.
Bem como, uma transparência nas pontas dos dentes também pode ser observada, juntamente com pequenas rupturas e trincas nos dentes.
(Reprodução/Freepik)
Quais as causas da erosão dentária?
A erosão tem origem em fatores intrínsecos e extrínsecos. Observe a seguir.
Erosão intrínseca
Nesse tipo de erosão, o contato com o ácido gástrico através do refluxo é o grande problema. Isso pode ocorrer em pacientes com xerostomia, refluxo ácido, anorexia e bulimia.
Erosão extrínseca
A erosão extrínseca é causada por agentes externos, geralmente provenientes da alimentação da pessoa. Por exemplo, refrigerantes, alimentos, sucos e frutas muito ácidos ou medicamentos podem ser os causadores.
Leia mais: Prótese e implante: qual a diferença?
(Reprodução/Pexels)
Qual o tratamento para desgaste dentário?
Antes de falar dos tratamentos, é importante relembrar que prevenir é a melhor opção.
Acima, comentamos que o processo é irreversível, de forma que, naturalmente, seu dente não é capaz de se recuperar.
No entanto, quando o problema já estiver ocorrendo, é importante iniciar o tratamento o mais rápido possível.
Só um dentista poderá avaliar corretamente cada caso tanto para indicar o melhor tratamento quanto para eliminar os maus hábitos que possam estar causando o problema.
O tratamento será realizado a partir do nível de desgaste apresentado. Assim, se estiver no estágio inicial, apenas a aplicação de selantes e adesivos é indicada para tentar interromper o progresso.
Enquanto isso, para proteger ainda mais o esmalte, a aplicação de flúor é indicada.
Por fim, no caso da restauração dos dentes desgastados, é possível fazê-lo com resina, porcelana e até substituição através de implante (se a estrutura do dente estiver comprometida).
Quais materiais são usados no tratamento?
Quando há perda de tecidos do esmalte dos dentes ou da dentina, é necessário observar a possibilidade de restaurações. Portanto, o uso de resina composta pode ser eficaz na restauração direta do dente.
No entanto, se o desgaste já estiver muito avançado, será necessário fazer a restauração indireta através de coroas ou facetas.
Qual área da odontologia trata de desgastes dentais?
Por fim, é a odontologia estética é a responsável por fazer os tratamentos dos desgastes dentários com as técnicas coerentes para cada caso.
Como pudemos perceber ao longo do texto, o desgaste ou erosão dentária é um problema comum, que pode afetar pessoas em diferentes estágios da vida, haja vista as diversas causas possíveis.
Então, mesmo sendo tratável, é importante prevenir pois o dente não consegue restaurar o tecido perdido. No entanto, através da tecnologia das resinas, facetas e implantes, é possível devolver o sorriso para quem está sofrendo com o problema.
Enfim, esperamos que esse artigo tenha ajudado a esclarecer sobre a erosão dentária. Compartilhe!
*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.