10 jul 2023
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Fluxo Analógico e o Fluxo Digital: Quais as diferenças?

dentista segurando tablet que mostra raio-x

As inovações tecnológicas constantes são uma realidade no universo da odontologia. Entre elas, o fluxo digital, que faz contraste ao fluxo analógico.

A cada dia, melhorias são apresentadas e os dentistas que querem se manter atualizados devem encarar as oportunidades de atualização com novas técnicas, produtos e procedimentos que podem impactar positivamente a qualidade do seu trabalho.

E o fluxo digital vem transformando o atendimento, diagnóstico e tratamento, promovendo conforto e segurança para profissionais e pacientes.

No entanto, talvez por desconhecimento ou indecisão, muitos profissionais ainda não fizeram a migração para a odontologia digital.

Neste artigo, falaremos sobre os fluxos analógico e digital, trazendo informações e traçando um comparativo entre os dois.

Confira!

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dentista com raio x da boca de paciente
A transição do fluxo analógico para o digital na odontologia permite uma maior precisão na reprodução dos modelos dentários. (Reprodução/Freepik)

O que é Fluxo Analógico na Odontologia?

O fluxo analógico na odontologia é o processo de obtenção de registros do paciente, das suas estruturas dentais e tecidos moles usando materiais de moldagem, como alginatos e elastômeros.

As radiografias são feitas em filme radiográfico e prontuários são impressos nesse modelo de fluxo.

É o método mais tradicional utilizado para confeccionar próteses, placas para bruxismo, guias cirúrgicos e outros dispositivos odontológicos.

E envolve várias etapas clínicas e laboratoriais, que dependem da habilidade e do conhecimento do profissional e da qualidade dos materiais.

Nesse caso, também é necessário se atentar às condições de transporte e armazenamento dos moldes até o laboratório. O que deve transcorrer sem problemas em diversas condições, entre elas a climática.

moldagem da arcada dentária - fluxo analógico
O fluxo analógico na odontologia envolve a utilização de métodos convencionais, como moldagem com silicone, enquanto o fluxo digital utiliza escaneamento intraoral. (Reprodução/PróteseNews)

O que é Fluxo Digital na Odontologia?

O fluxo digital na odontologia é um conjunto de tecnologias que permite realizar procedimentos odontológicos de forma mais rápida, precisa e eficiente, surgidos a partir do desenvolvimento das tecnologias para escaneamento intraoral.

Com o uso desses scanners, softwares de planejamento e desenho, impressoras 3D e fresadoras é possível criar próteses, implantes, alinhadores e outros dispositivos dentários.

O método de moldagem desse fluxo é baseado em sistemas de criação e produção realizados por computador, sendo possível imprimir modelos tridimensionais fiéis e altamente precisos no detalhamento.

Para obter as imagens, o escaneamento da cavidade bucal é associado à tomografia computadorizada de feixes cônicos ou o escaneamento do modelo pelo laboratório.

Os processos automatizados se dividem em três: CAI (Computer Aided, refere-se à obtenção das imagens), CAD (Computer Aided Design, à análise e criação em computador) e CAM (Computer Aided Miling, à etapa de produção propriamente dita, como fresagem e usinagem).

Portanto, todo o processo no fluxo digital é feito de forma automatizada, com riqueza de detalhes e alta precisão.

dentista com raio x da boca de paciente em tablet
Com o fluxo digital, é possível realizar o planejamento do tratamento odontológico de forma virtual, utilizando softwares específicos. (Reprodução/Freepik)

Quais as principais diferenças entre o fluxo analógico e o fluxo digital?

As principais diferenças entre os dois tipos de fluxo giram em torno de quatro itens: previsibilidade, tempo clínico, custo e biossegurança.

No digital, o conjunto dos processos automatizados geram tratamentos e modelos mais precisos e com alta chance de previsibilidade, com menos tempo e quantidade de consultas.

Já o custo sofre impactos também porque a quantidade de processos acaba sendo menor, a exemplo da exclusão da etapa da confecção do gesso e transporte do modelo.

Na questão da segurança, a tecnologia digital envolve a participação de duas pessoas, dentista e paciente, enquanto no fluxo analógico, mais pessoas estão envolvidas.

Vantagens e desvantagens do fluxo analógico

No caso do fluxo analógico observamos como vantagem a maior familiaridade dos profissionais com as técnicas convencionais, menor custo inicial dos materiais e equipamentos, maior disponibilidade tanto de laboratórios quanto de técnicos capacitados e maior variedade de materiais restauradores.

Na maior parte desses quesitos, no entanto, é possível que em uma questão de tempo, o processo digital já tenha alcançado tanto os profissionais que ainda não fizeram a transição quanto os laboratórios que podem se atualizar com as novas técnicas.

As desvantagens do fluxo analógico são maior desconforto e tempo de espera para o paciente, maior risco de erros e repetições nas etapas clínicas e laboratoriais, maior dependência de fatores humanos e ambientais, ocupação de espaços físicos para armazenamento dos documentos e modelos e menor precisão e qualidade dos resultados.

Aluna da pós graduação da EAP Goiás mexendo com molde
Aluna da pós graduação da EAP Goiás

Vantagens e desvantagens do fluxo digital

No caso do fluxo digital, ao longo do texto, as vantagens foram surgindo conforme as características do processo foram sendo explicadas.

Em resumo, as vantagens do fluxo digital são maior conforto e rapidez para o paciente, maior precisão e qualidade dos resultados, menor risco de erros e repetições nas etapas clínicas e laboratoriais.

Bem como, maior facilidade de comunicação e transmissão de dados entre profissionais e laboratórios, maior valor agregado para o posicionamento da clínica no mercado, ocupação mínima de armazenamento físico e maior possibilidade de diagnóstico e planejamento virtual.

As suas desvantagens, no entanto, são maior custo inicial dos materiais e equipamentos, ainda uma menor familiaridade dos profissionais com as técnicas digitais, menor disponibilidade de laboratórios e técnicos capacitados e menor variedade de materiais restauradores.

dentista com raio x  em tablet mostrando para a paciente
A utilização de sistemas CAD/CAM (Computer-Aided Design/Computer-Aided Manufacturing) no fluxo digital permite a confecção de restaurações dentárias de forma mais precisa e rápida. (Reprodução/Freepik)

Como ocorre a digitalização de moldagens dentárias?

O processo digital envolve o uso de imagens 3D, obtidas por escaneamento intraoral da cavidade bucal e da Tomografia Computadorizada de Feixes Cônicos.

O modelo é criado na tela do computador podendo ser usado para o planejamento e confecção da prótese diretamente, inclusive por impressão 3D

Posteriormente, usa softwares para o planejamento do tratamento, bem como impressoras 3D ou sistemas de fresagem e usinagem de cerâmica.

Para, através da prototipagem, produzirem modelos, guias cirúrgicos, restaurações ou próteses provisórias e definitivas.

Aluna da pós graduação da EAP Goiás com molde de dente
Aluna da pós graduação da EAP Goiás

Como a tecnologia digital está transformando a odontologia?

Os processos que estão sendo reinventados pela odontologia digital passam por todas as etapas do processo: do diagnóstico ao tratamento.

A partir dos avanços tecnológicos, é possível, atualmente, obter maior precisão, eficiência e conforto para os pacientes e profissionais.

As novas ferramentas possibilitam uma melhor visualização das estruturas dentárias, além de personalização das próteses e implantes a partir de formas de produção altamente precisas.

Dentre todos os benefícios, a agilidade, precisão, conforto e economia são os principais pontos de inclinação para a adoção da revolução que é a odontologia digital.

dentistas olhando pra raio x em tela do computador
O fluxo digital na odontologia oferece a possibilidade de simulações virtuais do resultado final do tratamento, auxiliando na tomada de decisão pelo dentista e pelo paciente. (Reprodução/Freepik)

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*O texto acima não foi escrito por cirurgião dentista, portanto a EAP não se responsabiliza pelas informações, uma vez que não possuem caráter científico.

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