A fonoaudiologia e odontologia são duas áreas da saúde que se relacionam de forma muito próxima. Ambas lidam com as funções orofaciais, como a mastigação, a deglutição, a fala e a respiração.
Muita gente nem imagina que essas duas áreas podem atuar em parceria. No entanto, o tratamento conjunto traz grandes benefícios para o paciente.
Isso porque ambas atuam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de diversas alterações que podem afetar essas funções.
Neste artigo, pretendemos explicar como a fonoaudiologia e odontologia se complementam. Bem como, quais são os benefícios dessa integração para a saúde e o bem-estar dos pacientes.
Continue com a gente e boa leitura!
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O que é fonoaudiologia?
A fonoaudiologia é uma ciência que estuda e trata os diferentes aspectos da comunicação humana. Entre eles a voz, a fala, a linguagem, a audição e até mesmo a aprendizagem.
O fonoaudiólogo pode trabalhar em diversas áreas, como hospitais, escolas, clínicas, empresas e teatros. Tratando pessoas de todas as idades que apresentam dificuldades ou distúrbios na comunicação.
Alguns problemas são gagueira, dislexia, surdez, afasia, disfagia e outros. A fonoaudiologia também pode contribuir para a prevenção desses problemas.
No entanto, a atuação do fonoaudiólogo vai além, cuidando também das dificuldades em relação à escrita, intimamente ligada à fala, à comunicação ou de dificuldades na audição, alimentação e até mesmo aspectos respiratórios.
Isso tudo como tratamento ou aperfeiçoamento, já que quem tem a voz como instrumento de trabalho também pode se beneficiar das contribuições da fonoaudiologia.
A fonoaudiologia e odontologia podem trabalhar em conjunto?
Em princípio, o fonoaudiólogo atua na mesma área do corpo humano que o cirurgião-dentista. Podemos dizer além de poderem trabalhar em conjunto, que a fonoaudiologia atua de maneira complementar à odontologia.
Enquanto um trata os aspectos estruturais morfológicos da boca (cirurgião-dentista). O outro aborda aspectos funcionais e contribuindo para que após as correções de forma, as funções sejam restabelecidas.
Um exemplo interessante dessa interação é a quando alguém coloca o aparelho ortodôntico. Nesses casos, o sucesso do tratamento pode ser comprometido se as musculaturas da cavidade oral apresentarem alterações.
Então, o fonoaudiólogo atua para que a ação dos músculos não prejudique o tratamento ortodôntico.
Quais situações a fonoaudiologia e odontologia se relacionam?
Além do exemplo mostrado anteriormente, as duas áreas se relacionam no tratamento de outras questões. Observe a seguir.
Sono
Alguns distúrbios do sono estão relacionados com problemas nos órgãos e estruturas que permitem a mastigação, a deglutição, a fala e a respiração, sistemas que fazem parte da área de atuação tanto da odontologia quanto da fonoaudiologia.
Condições como o bruxismo ou a apneia obstrutiva do sono, são tratadas pela odontologia e têm auxílio da fonoaudiologia também. Porque reabilita as funções orofaciais que estão comprometidas por causa desses problemas.
Disfunções de fala
A troca de consoantes, como o “R” pelo “L” é um exemplo de disfunção de fala. Essa questão é tratada pelo fonoaudiólogo, normalmente encaminhado pelo odontopediatra, assim como o ceceio, que é a interposição lingual durante a pronúncia de certas palavras.
Assim, o acompanhamento de ambos é fundamental.
Frênulo lingual
O odontopediatra é o responsável pela identificação de possíveis alterações no frênulo lingual, no entanto, para o tratamento, é importante que a criança seja encaminhada para o fonoaudiólogo, o que fará com que o tratamento seja efetivo.
Respiradores bucais
Nesse caso, a equipe pode incluir também um otorrino, além do fonoaudiólogo. O trabalho dos dois em conjunto com o odontopediatra pode ajudar as pessoas que têm a respiração bucal.
A grande questão é que a respiração bucal traz o aprofundamento do palato e, consequentemente, o seu estreitamento. Além disso, pode causar alteração do padrão facial, comprometendo musculatura e parte óssea.
Deglutição e mastigação
Aqui há uma questão que pode ser facilmente observada, mas que nem sempre os médicos se atentam para isso.
No caso das crianças e bebês, essa questão interfere na nutrição e na introdução alimentar, quando falamos dos bebês. Por isso é tão importante a identificação e o tratamento precoce e multidisciplinar.
Dificuldade na fala após a colocação de aparelho
Como mencionamos aqui, os aparelhos fixos ou móveis corrigem a posição dos dentes a fim de melhorar a estética facial e a qualidade de vida do paciente.
No entanto, ao colocá-los há um período de adaptação que pode ser difícil, com dores, desconforto e dificuldade para se alimentar.
E para resolver essas inconveniências, é possível implementar técnicas fonoaudiológicas.
Quando a fala compromete o posicionamento dos dentes
A língua, enquanto a pessoa fala, está tocando nos dentes o tempo todo. E se esse processo empurrar a arcada dentária pode prejudicar a posição dos dentes. O que será especialmente prejudicial se a pessoa estiver usando aparelho.
Para preservar o resultado do tratamento, as terapias fonoaudiológicas entram em cena para corrigir o alinhamento dos dentes.
Prevenção dos distúrbios orofaciais
O trabalho do fonoaudiólogo é fundamental para a prevenção dos distúrbios orofaciais. Por meio de orientações, exercícios e terapia que promovem o funcionamento adequado dos músculos e estruturas tanto faciais e orais.
Essas recomendações podem começar com as mães ainda no período gestacional ou pós-parto, o que pode ajudar na forma correta de amamentar e a introdução alimentar.
O fonoaudiólogo também ajuda a minimizar problemas que podem causar o desalinhamento dos dentes.
A fonoaudiologia e a odontologia são duas áreas complementares, atuam no mesmo sistema que envolve os órgãos e estruturas da boca e da face.
Como mencionamos, a odontologia cuida dos aspectos morfológicos, como dentes, ossos e gengivas, enquanto a fonoaudiologia cuida dos aspectos funcionais, como mastigação, deglutição, respiração e fala.
E a integração entre esses saberes é fundamental para promover a saúde e qualidade de vida dos pacientes, desde a infância até a terceira idade.
Por isso, é importante que os fonoaudiólogos e os dentistas conheçam as atribuições e as limitações de cada um, de forma que possam saber quando encaminhar os casos que necessitam de intervenção conjunta.
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*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.