06 maio 2023
EAPGOIAS, Fique Sabendo

O que são doenças peri-implantares? Descubra aqui!

ilustração de paciente pedindo implante no consultório do dentista

Atualmente, o avanço tecnológico permite a utilização de implantes com sucesso na maioria dos casos.

Assim, a reabilitação oral através dos implantes têm devolvido a autoestima e saúde bucal para os pacientes.

No geral, quando bem feitos, os implantes apresentam boa durabilidade e eficácia. No entanto, quando ocorre o contrário, o paciente pode desenvolver doenças peri-implantares.

As doenças peri-implantares podem acometer a mucosa gengival e/ou os ossos, através de inflamação dos tecidos adjacentes ao implante dental.

Infelizmente, esse tipo de ocorrência bucal tem sido comum nos últimos anos, tendo como principal causa os implantes feitos em condições não ideais.

Neste artigo, traremos todas as informações para você entender melhor as doenças pré-implantares, condições de aparecimento, causas, tipos e tratamentos indicados.

Para você que é ou está se tornando um dentista, também indicaremos como se especializar nessa área.

Continue com a gente e boa leitura!

Leia mais: Como conciliar a pós-graduação com a rotina profissional?

homem no dentista olhando para o espelho e sorrindo ao ver o resultado
As doenças peri-implantares são condições inflamatórias que afetam os tecidos moles e duros ao redor de um implante dentário. (Reprodução/Freepik)

O que são doenças peri-implantares?

As doenças pré-implantares, como mencionamos, ocorrem após a realização dos implantes.

Atualmente, é bastante comum os dentistas indicarem os implantes para os pacientes que, na maioria das vezes, se adaptam bem a eles.

Os implantes dentários estão relacionados à saúde e à autoestima em pacientes que, porventura, tenham passado pela perda dentária.

No caso das doenças peri-implantares, os implantes, que são integrados aos ossos da pessoa, podem causar inflamações tanto nos próprios ossos quanto nos chamados tecidos moles, que compreendem as gengivas.

Nesse caso, alguns sintomas como eritema, sangramento à exploração, edema e supuração podem ser observados.

estrutura de um dente para implante
A prevenção é a melhor abordagem para tratar as doenças peri-implantares, através de uma higiene oral adequada e visitas regulares ao dentista. (Reprodução/Freepik)

Como as doenças peri-implantares são causadas?

Uma das causas mais frequentes é o desenvolvimento de placa bacteriana o que também pode ter sido, em alguns casos, o problema causador da perda do dente original.

Além disso, outras causas são ligadas aos chamados fatores de retenção e a falta de espaço adequado para as próteses.

Alguns dentistas alertam para fatores de risco, que podem aumentar as chances do aparecimento das doenças peri-implantares como o tabagismo, a má higiene bucal e ocasionalmente, alguma doença periodontal.

A má higiene também pode provocar o aparecimento das placas bacterianas que, como dissemos anteriormente, é uma das grandes causas das doenças peri-implantares.

homem sorrindo, tem uma seta que liga a um circulo ampliado ao lado para mostrar que o dente dele é de implante
O tratamento das doenças peri-implantares depende da extensão da doença e pode incluir a limpeza profissional dos dentes e implante, terapia antibiótica e até mesmo cirurgia em casos mais graves. (Reprodução/Freepik)

Tipos de doenças peri-implantares

As alterações patológicas dos tecidos pré-implantares podem ser classificadas em dois tipos:

  • Mucosite peri-implantar
  • Peri-implantite

Vamos entender melhor esses dois tipos a seguir.

Mucosite peri-implantar

As mucosites ocorrem ao redor dos implantes, normalmente nos tecidos moles ou mucosas. São inflamações que podem variar entre brandas e severas, podendo ser acompanhadas de abscessos.

Acontece com frequência em implantados, acompanhando possíveis inflamações da placa bacteriana no sulco periimplantar.

Os principais sintomas são sangramento gengival, ulceração e, como informamos, abscesso gengival.

Comparação entre um implante saudável, com mucosite peri-implantar e com peri-implantite.
Comparação entre um implante saudável, com mucosite peri-implantar e com peri-implantite. (Reprodução/Repositório Aberto da Universidade do Porto)

Peri-implantite

Esse é o segundo tipo de doença peri-implantar e acontece com menor frequência. Normalmente, acomete de 28% a 55% dos pacientes com implantes.

Também é uma lesão inflamatória causada pela ação da placa bacteriana em sulco peri-implantar, no entanto, essa lesão avança para os ossos de suporte, podendo levar à perda da união funcional entre osso e implante.

É como se fosse um segundo estágio da mucosite, trazendo mais sintomas como vermelhidão gengival, inchaço, presença de edemas, formação de pus, sangramentos, perda óssea e até mesmo a mobilidade.

É possível que, nesse estágio, haja perda progressiva e significativa do osso onde o implante foi realizado.

Representação de uma peri-implantite
Representação de uma peri-implantite. (Reprodução/ EderHuttner)

Sintomas das doenças peri-implantares

Os sintomas são observados de acordo com os níveis da doença. No caso das mucosites, o sangramento gengival, presença de úlceras e abscessos são observados.

No caso da peri-implantite esses sintomas se associam a outros como vermelhidão, edemas, formação de pus e até mesmo a perda óssea, como mencionamos.

Como se prevenir de doenças peri-implantares?

Independente do fato de o implante ter sido bem-sucedido, é importante que o paciente seja estimulado a tomar certos cuidados, especialmente no que diz respeito à higiene bucal.

A escovação, seguida do uso do fio dental deve ser realizada pelo menos três vezes ao dia, especialmente após as refeições.

É importante realizar limpezas semestrais em consultório e não negligenciar as visitas para acompanhamento do implante.

Esses cuidados são básicos, mas muito eficazes no que diz respeito à prevenção das doenças peri-implantares.

homem no dentista sendo avaliado, ele está sorrindo mostrando o resultado
O tratamento precoce das doenças peri-implantares é fundamental para evitar complicações e manter a saúde oral a longo prazo. (Reprodução/Freepik)

Tratamento para doenças peri-implantares

Os tratamentos variam de acordo com o tipo de doença peri-implantar instalada. A mucosite é considerada mais simples, assim como seu tratamento. Nesse caso, é possível usar tratamentos não cirúrgicos.

O debridamento mecânico pode ser feito com materiais que não danifiquem a superfície do implante. É possível também que seja indicado o uso de antissépticos locais antimicrobianos, através de antibióticos para promover a regressão da infecção.

Pode ser necessário fazer uma descontaminação. O dentista responsável poderá indicar os procedimentos e tipo de produto a ser usado, o que vai variar conforme a severidade de cada caso.

A terapia com laser tem sido uma aliada nestes casos por ajudar a promover a descontaminação, eliminando bactérias.

O tratamento não cirúrgico das doenças peri-implantares é recomendado para o caso de mucosite, mas para a peri-implantite, já que nesse segundo caso há perda óssea, o tratamento cirúrgico é recomendado, apesar de não ser uma regra.

Há dois tipos de cirurgia que podem ser indicados: a ressectiva e a regenerativa. No primeiro caso, a recomendação é para os casos em que precisa reduzir o tecido afetado.

Pode não ser recomendado porque nesse caso ocorre a exposição de parte do implante, interferindo na sua higienização e deixando-o suscetível às bactérias.

A cirurgia regenerativa é a indicada para reparar o tecido ósseo. Embora ainda não seja um procedimento indicado por todos os dentistas, vem sendo estudada e as pesquisas indicam que contribui para a cicatrização e estabilidade do implante.

Para todo e qualquer caso, é muito importante que o dentista seja consultado.

Através das consultas após o implante, é possível que o acompanhamento indique as melhores formas de cuidar e, caso haja alguma alteração, o melhor tratamento.

A automedicação não é recomendada, de forma nenhuma, para o tratamento das doenças peri-implantares. Isso pode agravar o quadro.

Ao longo desse artigo, trouxemos todas as informações sobre as doenças peri-implantares. Mas se você é dentista e quer se especializar nessa área, temos mais uma dica de ouro.

foco no kit cirúrgico de dentista aberto na mesa, no fundo borrado está acontecendo a cirurgia.
A falta de tratamento das doenças peri-implantares pode levar à perda óssea ao redor do implante e até mesmo à perda do próprio implante dentário. (Reprodução/Freepik)

Como se especializar em tratar de doenças peri-implantares sendo dentista?

O curso Cirurgias Avançadas em Reconstrução Tecidual Periodontal e Periimplantar é oferecido pela EAP Goiás sob a coordenação do Dr. Ricardo Bomfim. Utiliza as informações tecnológicas mais atuais para cuidados com os dentes, incluindo as formas de tratamento, reconstrução e estética envolvida nessa área.

Portanto, é um curso completo que te torna apto a fazer planejamento interdisciplinar e aplicação dos conceitos com materiais e tecnologias avançadas para a realização de técnicas cirúrgicas que consideram os fatores estéticos dos tecidos periodontais e periimplantares e recuperação de sequelas provenientes da destruição tecidual.

Para quem deseja se especializar na área, é importante que faça em uma instituição séria, com muitos anos de mercado e profissionais de excelência.

A experiência, neste caso, está aliada às novas tecnologias a serviço de um aprendizado de excelência.

Estudantes da EAP Goiás.
Estudantes da EAP Goiás.

Esperamos que tenha gostado desse artigo e que compartilhe com mais pessoas!

*O texto acima foi preparado a partir de muita pesquisa para ajudar nas suas dúvidas. Porém, não foi escrito por um dentista, assim a EAP não se responsabiliza pelas informações pois não possuem caráter científico.

Receba novidades
por e-mail

plugins premium WordPress

Solicite contato

Deixe seu nome e telefone no formulário abaixo, em breve receberá uma ligação de nossa equipe.